O estudo do Espaço permite defender o Planeta Terra

St. Paul’s Conference com Nuno Peixinho, reputado astrónomo e comunicador de ciência

O St. Paul’s School trouxe novamente a temática da Astronomia à discussão da comunidade educativa, agora numa abordagem maior sobre a investigação e conquistas científicas.

O convidado, Nuno Peixinho, ilustre Astrónomo e Divulgador de Ciência, concretizou, durante a tarde. uma apresentação dirigida aos alunos e, ao final do dia, foi o orador da St. Paul’s Conference.

Descreveu perante a plateia aquela que é a envolvência da Terra, os elementos que a compõem, estudos que se verificaram, e o propósito deste trabalho.

Reconheceu que há muito ainda por conhecer, e pese a evolução da ciência e da tecnologia, o desconhecimento constitui um risco para o Planeta e para a Humanidade.

“A Terra está circundada por uma cintura de asteroides”, alertando o orador que são conhecidos apenas 300000 dos mais de um milhão que circulam em redor do planeta.

Existe sempre o risco de poder haver um asteroide “cuja órbita o leve a colidir com a Terra, tal como aconteceu no Grande Evento há 65 milhões de anos, em que 95% da vida terrestre desapareceu com o impacto e com as alterações climáticas que advieram deste”. Salientou a Missão DART que pretende estudar estratégias de mudança de órbita de um asteroide, diminuindo assim as probabilidades de chocar com o planeta.

Também os cometas fazem parte do Espaço. Ao contrário dos “asteroides que são de matéria rochosa sólida, os cometas são bolas de poeira e gelo” que, em movimento, libertam poeiras que, expostas à luz do sol, refletem um rasto de brilho, a que popularmente denominamos de “chuva de estrelas”.

Os NEO – Near Earth Objects têm periélios muito próximo, da Terra e “as probabilidades de a atingirem, e com consequências, é diminuta, mas não é ausente”.

Nuno Peixinho referiu, ainda, alguns dos principais eventos espaciais conhecidos, categorizando-os por dimensão e impacto na Terra.

Alertou para a falta de regulamentação em torno da exploração espacial e para o aumento de “lixo espacial”, nomeadamente satélites em desuso ou outros objetos que se soltam na órbita e levados pela mão humana.

“O conhecimento do espaço celeste permite-nos, também, localizar obstáculos e enviar satélites sem que corram o risco de serem atingidos por objetos em órbita.” Há cada vez mais empresas a enviar satélites para o espaço e, não havendo legislação, não há responsabilização pela sua degradação ou impacto. Foi a última St. Paul´s Conference deste ano letivo, regressando em setembro para abordar temas de grande pertinência da atualidade, e de interesse da comunidade educativa.